Criminosos invadiram a conta do WhatsApp da secretária municipal de saúde de Boqueirão do Piauí, cidade a 126 km de Teresina, e pediram para contatos da vítima fazerem transferências bancárias. Elgilene Lopes disse ao G1, nesta quarta-feira (3), que os golpistas mandaram mensagens para todos os seus contatos e conseguiram com que duas pessoas fizessem transferências.
O crime aconteceu na segunda-feira (1), depois da secretária clicar em um link enviado por um contato desconhecido. “Por sorte, o horário que eles mandaram as mensagens era de meio dia e os postos de atendimento bancário estão fechados, só quem utiliza aplicativo do banco que conseguiu realizar a transferência”, informou Elgiene Lopes.
“Estou a procura de médicos para trabalharem na cidade e essa pessoa era uma das pessoas que eu estava falando. Ela perguntou se eu tinha interesse em participar de um grupo de médicos, me mandou o link, eu cliquei, recebi um código e acabei repassando para essa pessoa”, contou a secretária de saúde.
Com o código, o criminoso teve acesso à conta do WhatsApp da secretária e pôde entrar em contato com todos os números adicionados. “No meu celular o aplicativo parou de funcionar, eu não conseguia mais acessar. Chegaram a passar cinco contas bancárias e pelo menos dois CPFs diferentes para meus contatos”, afirmou Elgiene.
Investigação
O caso foi registrado na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI). De acordo com a delegada Adília Klein a especializada já registrou dezenas de boletins de ocorrência relatando o mesmo método operacional dos criminosos, conseguir acesso às contas das vítimas e pedir dinheiro aos contados delas.
“É enviado um código por SMS ou link para acesso, o usuário clica no link ou digita o código e dessa forma o WhatsApp da vítima, que está configurado no telefone dela, passa a ser usado pelo criminoso em outro aparelho”, explicou Adília Klein.
A delegada recomenda que os usuários adotem medidas preventivas para esse tipo crime. “Não clicar em links e não digitar códigos e as pessoas que recebem pedidos de dinheiro devem ligar para a pessoa que solicita o empréstimo antes de realizar as transferência”, disse.
Outra recomendação é ativar a confirmação em duas etapas no WhatsApp e confirmar os dados bancários da vítima antes de realizar uma transferência. “As contas fornecidas pelos criminosos, obviamente, nunca são contas da vítima. As pessoas devem guardar todas as formações e procurar a delegacia”, finalizou Adília Klein.
Fonte: G1 Piauí
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