Foto: Reprodução
Detentos quebraram celas e arrancaram as grades durante motim na manhã deste domingo (21) na Penitenciária Irmão Guido, zona rural de Teresina. Policiais foram vistos no telhado da unidade prisional tentando controlar a situação. A confusão iniciou por volta das 10h e encerrou às 12h, sem feridos.
O G1 teve acesso a imagem dos presos afiando as barras de ferro, conhecida como vergalhões, que foram retiradas da estrutura do presídio para serem utilizadas como armas. O Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e equipes da Polícia Militar, além da Tropa de Choque, foram acionados.
De acordo com o diretor de inteligência da Secretaria de Justiça (Sejus), delegado Charles Pessoa, não há confirmação de que o motim foi motivado pela falta de visitas, que foram suspensas desde o início da pandemia do novo coronavírus. Ele revelou que foi preciso o uso de ‘força moderada’ para conter os presos, que chegaram a jogar pedras nos agentes.
“No início da manhã após banho de sol, os policiais militares da passarela perceberam uma atitude suspeita. Os presos estavam quebrando a estrutura física para fugir e se rebelaram com intervenção militar, mas nossa equipe conseguiu contornar a situação com uso de força moderada”, contou.
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Conforme o diretor, os presos que participaram do motim serão responsabilizados pela prática de dano ao sistema público. A perícia foi acionada e um inquérito policial será instaurado.
O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), Kleiton Holanda, destacou que as visitas estão sendo realizadas por videochamada. Segundo ele, os danos do motim não foram maiores e sem registro de fuga de presos por causa da ação rápida do Grupo Tático Prisional.
“Cerca de 450 presos estavam envolvidos. Grades de detenção foram arrancadas, cadeados quebrados e vergalhões retirados das paredes para serem utilizados como arma branca”, declarou Kleiton Holanda.
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“O motim teve a participação de presos dos pavilhões B, C e D. Hoje temos sete policiais penais no plantão para custodiar aproximadamente 500 presos”, informou o policial penal José Roberto, vice-preside Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi).
O sindicato denuncia a estrutura precária do presídio, baixo efeito de policiais penais e a superlotação da unidade. “Basta ver a facilidade com que os presos derrubam as grades”, comentou José Roberto.
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Fonte: G1 PI
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