A família de Lia Vanessa Araújo Chaves, de 37 anos, encontrada morta no dia 15 de junho deste ano, em sua residência em São Miguel do Tapuio, cidade a 170 km de Teresina, afirmou que tem vivido com medo que o ex-marido, Antônio Fagner de Aguiar, principal suspeito do crime, volte à região. A Polícia Civil, que investiga o caso, acredita em feminicídio e suspeita que Antônio fugiu do estado.
A vítima foi achada morta com uma tira de pano dentro da boca. Na época, o corpo foi achado sem sinais de violência e o ex-marido foi considerado o suspeito do crime por não aceitar a separação do casal.
A irmã da vítima, Lia Raquel Araújo Chaves, contou ao G1 que os dois estavam separados desde fevereiro, mas continuaram morando juntos porque Antônio Fagner não quis sair de casa. Uma semana antes do crime, Lia Vanessa decidiu mudar de casa e alugou a residência em São Miguel do Tapuio, local onde aconteceu o assassinato.
Por ter fugido sem levar qualquer documento ou objeto pessoal, deixando os três filhos, a família da vítima teme que ele possa voltar.
“Acreditamos que ele tem planos de voltar. Ele não levou a moto, dinheiro, documentos, nada. Tenho meus pais de idade e tenho medo que ele volte e faça algo. Ou até mesmo com meu irmão e meus sobrinhos”, relatou a irmã de Lia Vanessa.
Polícia teve pedido de quebra de sigilo telefônico negado
De acordo com o delegado Aldely Fontineli, a Polícia Civil não conseguiu nenhuma informação concreta sobre o paradeiro do suspeito. Eles tinham recebido a informação de que Antônio Aguiar poderia estar na casa de um tio, em São João da Serra, distante 133 km de Teresina, mas os policiais não encontraram qualquer vestígio no local.
“Como só fugiu com a roupa do corpo ele não pode ter ido a outro lugar, senão a casa dos pais. Afinal, ele não tem mais ninguém na região”, disse o delegado.
Ainda segundo Aldely, a Polícia Civil havia pedido uma interceptação telefônica dos pais do suspeito, mas o pedido foi negado pela Justiça, o que impossibilita qualquer outra ação além de esperar que ele possa ser encontrado e identificado pela Polícia do Pará.
“A gente fica triste, porque dificulta o nosso trabalho. Mas entramos em contato com os policiais do Pará na semana passada, para que eles pudessem procurar e caso seja possível, efetuar a prisão”, finalizou.
Fonte: G1 PI
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