A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (25) uma operação para combater ações de um grupo suspeito de falsificar documentos para obter empréstimos consignados da Caixa Econômica Federal de forma ilegal. Os policiais buscam prender cinco pessoas e fazer buscas em quatro endereços em Teresina.
Segundo a PF, os criminosos falsificavam documentos de servidores públicos estaduais para usar a margem consignável dos contracheques para obter os empréstimos. A operação foi batizada “Margem Livre” em referência a essa estratégia dos criminosos.
“Essa organização criminosa tinha acesso a contracheques de servidores públicos estaduais. Eles faziam um filtro, uma seleção daqueles que tivessem uma margem consignada maior e, com o uso de documentos falsos, obtinham junto à Caixa Econômica Federal e em benefício dessa organização criminosa os referidos empréstimos fraudulentos”, explicou a superintendente da Polícia Federal do Piauí, delegada Mariana Paranhos.
A operação realizada nesta terça foi a segunda fase da investigação. A primeira fase aconteceu em julho de 2020, quando duas pessoas foram presas suspeitas de se passarem por funcionários públicos para conseguir fazer os empréstimos.
Em julho, a Polícia Federal descobriu que os presos agenciavam pessoas para que se passassem por servidores estaduais. Assim, os suspeitos induziam pessoas para a prática do estelionato, entregavam documentos falsos e as orientavam sobre os procedimentos a adotar para a obtenção de empréstimo indevido. Em compensação, elas recebiam parte do valor obtido com o empréstimo consignado fraudado.
Ainda segundo a superintendente da PF, a operação desta terça-feira busca atingir os líderes da organização criminosas, o núcleo que tomava decisões dentro do grupo.
Até o momento, os investigadores conseguiram identificar pelo menos R$ 149 mil de prejuízo à Caixa Econômica. Segundo a PF, os criminosos cometeram a fraude várias vezes, e o prejuízo não foi totalmente contabilizado pelos policiais. Com a operação desta terça, os policiais esperam conseguir provas sobre as fraudes, e esse valor deve crescer.
Os presos podem responder pelos crimes de estelionato qualificado, falsificação, uso de documento público e privado e associação criminosa. A soma das penas pode alcançar os 19 anos de prisão.
Fonte: G1 PI
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