Trinta e seis pessoas morreram vítimas choques elétricos no estado entre os meses de janeiro a agosto de 2020, de acordo com levantamento realizado pela Secretaria da Saúde do Piauí (Sesapi). Segundo os dados apurados pelo G1, entre as vítimas, 27 eram homens (75%) e 9 mulheres (25%).
No ano passado, 51 pessoas morreram após sofrerem descargas elétricas. Dentre as vítimas, 44 eram homens e sete eram mulheres.
Os municípios que apresentaram o maior número de óbitos em decorrência de choques elétricos são Teresina e Barras com 13 e 4, respectivamente.
Vítimas
No dia 12 de setembro, a empresária Kerollayne Oliveira, 25 anos, morreu vítima de uma forte descarga elétrica no bairro Água Mineral, Zona Norte de Teresina.
Segundo a ONG Mundo Colorido, em que a jovem era voluntária, ela estava lavando a lanchonete da qual era proprietária quando foi eletrocutada.
Kerollayne era casada e deixou marido e uma filha de um ano de idade. A comemoração da festa de aniversário da menina tinha acontecido havia apenas uma semana.
A jovem empresária tinha mais de 20 mil seguidores em seu perfil no Instagram, onde, de forma bem humorada, falava sobre os desafios da maternidade e a chamada “maternidade real”.
Em suas fotos publicadas, amigos e admiradores deixaram mensagens lamentando a morte de Kerollayne.
Outra vítima foi Luigi Nascimento Sousa Sodré, de 15 anos, que faleceu no dia 23 de setembro, na Praia de Atalaia, em Luís Correia.
O adolescente morreu após sofrer uma descarga elétrica quando utilizava o celular ligado à tomada de um bar e restaurante da cidade.
De acordo com a perícia criminal do Instituto de Medicina Legal (IML), o adolescente estava jogando com o celular carregando e pegou um choque elétrico, que resultou na sua morte.
Cuidados para evitar choque
Ao G1, a enfermeira do Samu de Teresina, Tânia Furtado, listou alguns cuidados que se deve ter para evitar os choques elétricos como manter as instalações elétricas seguras, evitar ‘gambiarras’ e toques em fios.
“Jamais deve ficar em fios estando molhado, com calçados molhados ou o chão molhado. Quanto ao celular ou carregador, o risco maior é explosão por superaquecimento e não de choque elétrico”, destacou.
Recomendações:
- Certifique-se que é seguro encostar e ajudar a vítima;
- É necessário desligar a fonte de energia antes de fazer qualquer procedimento com a vítima;
- Na impossibilidade de desligar a chave-geral, procure separar a vítima da fonte do choque com um objeto isolante como madeira seca ou plástico;
- Se a vítima tiver inconsciente, mas respirando, chamar imediatamente o socorro;
- Se estiver inconsciente e sem pulso, a pessoa deve ligar para o 192 e deixar o celular no viva voz para receber as orientações para fazer as compressões torácicas e só parar quando a equipe de socorro chegar no local.
Atenção com os aparelhos celulares:
- Evite carregar o celular em ambientes úmidos porque a água é uma boa condutora de eletricidade. Isso faz com que os riscos de curto e de choque elétrico aumentem;
- Não faça uso de carregadores ou fones de ouvido “piratas”;
- Jamais abra ou perfure o compartimento da bateria;
- Leve o aparelho a uma assistência técnica autorizada sempre que apresentar problema ou cair na água. Nunca tente abri-lo;
- Não carregue seu celular em instalações elétricas antigas, procure trocar as tomadas seguindo o padrão ABNT;
- Supervisione o uso do celular pelas crianças para que esses cuidados sejam observados.
Fonte: G1 PI
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