Até o momento, oito pessoas já foram presas durante o cumprimento de mandados da 2° Fase da Operação Dom Casmurro, deflagrada na manhã desta quinta-feira(17) pela Polícia Civil e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual. Os alvos são apontados como membros de um esquema de fraude a licitações e a concursos públicos.
De acordo com o delegado Ferndinando Martins, coordenador da Delegacia de Combate à Corrupção da Polícia Civil, além dos proprietários das empresas Instituto Machado de Assis e Crescer Consultorias, também foram presos servidores públicos que participavam de forma ativa do esquema criminoso e pessoas que atuavam como ‘laranjas’, responsáveis por lavar dinheiro.
“São servidores públicos normais, de outros órgãos públicos, que integravam esse grupo colaborando com as empresas. Eram pessoas que exercem cargos públicos em outros órgãos e ajudavam, de forma dissimulada, esse pessoal das duas empresas, que realizavam concursos públicos a partir de licitações direcionadas. Na investigação, a gente percebeu que algumas pessoas emprestaram nomes e contas para receber recursos dessas empresas para lavar dinheiro, ocultando patrimônio”, explicou o delegado.
Ainda de acordo com as investigações, o grupo conseguia direcionar licitações para vencer e realizar provas, que, em muitos casos, também eram fraudadas para beneficiar apadrinhados de gestores públicos.
“Os municípios faziam licitações para contratar essas empresas. As duas sempre ganhavam essas licitações, porque eles restringiam tanto o edital que só elas venciam. posteriormente eles faziam os editais com alguns concursos públicos beneficiando os apadrinhados. A gente constata coisas desse tipo. Esses recursos públicos eram ocultados em nome de laranjas. Eles tinham pessoas que recebiam recursos, transacionavam valores nas contas para ocultar da Receita Federal e dos Órgãos de Controle o rastreio desses bens.
Durante a ação desta quinta-feira(17), além das prisões, foram realizados o sequestros de bens dos membros da organização, como veículos, apartamentos e outros imóveis. O valor total dos bens sequestrados ainda está sendo contabilizado pelos investigadores.
Os membros da Delegacia de Combate à Corrupção e do Gaeco concederão entrevista à imprensa, às 11h30, para detalhar maiores informações a respeito do esquema identificado na operação Dom Casmurro II.
A Polícia Civil do Piauí, através da Delegacia de Combate à Corrupção (DECCOR), e o Ministério Público do Piauí, através do GAECO e a Promotoria de Justiça de Cocal, deflagraram no início da manhã desta quinta-feira(17, em Teresina, a 2° Fase da Operação Dom Casmurro.
Estão sendo cumpridos mandados de prisão preventiva expedidos contra empresários, servidores públicos e demais integrantes do grupo que dirigia as empresas Instituto Machado de Assis e Crescer Consultorias.
No trabalho concluído pela Polícia Civil ficou comprovado que as empresas e os investigados formavam o núcleo empresarial que atuava há mais de 10 anos no Piauí e em outros estados fraudando licitações e concursos públicos.
Os investigadores descobriram que as licitações eram sempre direcionadas com o objetivo de contratar as duas empresas, que estavam em nome de ‘laranjas’, mas eram operadas pelos líderes do grupo, os finais beneficiários dos recursos.
Estão sendo cumpridos ainda mandados de sequestro contra o patrimônio dos investigados, todos já denunciados pelo Ministério Público acusados dos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e fraude à licitações, em ação penal que tramita na Comarca de Cocal.
Participam do trabalho equipes policiais civis da Depre, do Greco, Polinter e da Delegacia de Nazária.
Fonte: Natanael Souza/ Cidade Verde
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