Gerson Santos Borges foi condenado pela Justiça neste mês de maio pelo crime de latrocínio contra José Antônio de Lima, 68 anos, em agosto de 2019, em Santa Rosa do Piauí. Segundo a decisão do juiz Rafael Palludo, Gerson, Valdir Santos Soares Rodrigues e Maria Águida Santos Borges ainda alteraram o local do crime para induzir a investigação a concluir que a vítima tinha cometido suicídio.
Gerson Santos foi condenado a 32 anos de prisão, pelos crimes de latrocínio e por ter alterado a cena do crime, induzindo ao erro a investigação, crimes previstos nos artigos 157 e 347 do Código Penal. Os outros dois, sendo Maria Águida irmã de Gerson, também foram condenados pelos crimes. A pena não foi especificada.
O crime
Na descrição da denúncia feita pelo Ministério Público e conforme relato de testemunhas, incluindo os acusados, Gerson teria chamado Valdir e Maria Águida para realizar um roubo na casa da vítima. Maria Águida seria responsável por “seduzir” o idoso, para conseguir entrar na casa dele.
No dia do crime, segundo o MP, Maria Águida foi até a casa de José Antônio, entrou na residência e pediu água para que ele fosse até a cozinha. Nesse momento, ela teria aberto a porta da casa para que Gerson e Valdir entrassem na residência.
Eles entraram na casa e se esconderam no banheiro. Quando o idoso voltou, foi pego de surpresa por trás e sufocado até a morte com um “mata leão”, que teria sido aplicado por Gerson. Depois do crime, Gerson também teria dado a ideia de alterar o local do crime para que parecesse que o idoso havia se suicidado.
“Para tanto, utilizando uma corda, penduraram o corpo de Zé Bento em um armador, com o fim de induzir ao erro as autoridades e agentes públicos incumbidos da investigação criminal, da instauração e do julgamento do processo penal, objetivando o convencimento de que a vítima teria cometido suicídio”, descreveu a decisão.
Após a alteração do local, os três pegaram dinheiro, cartões e uma moto da vítima. Valdir teria ficado com R$ 70, e os irmãos Gerson e Maria Águida ficaram com R$ 100 cada um. Por conta do sumiço desses pertences, vizinhos e familiares da vítima desconfiaram da causa da morte.
Família desconfiou de mensagens
A família de Maria Águida e Gerson desconfiou depois que viram no celular da mulher mensagens de Valdir.
“Viram mensagens no celular de Maria Águida, nas quais ela pergunta a Gerson qual a cor do cachorro da vítima Zé Bento, porque tinha uma cadela rondando a casa dela, e ela estava com medo, porque ‘a alma de Zé Bento podia estar na cachorra por conta do que nós fizemos com ele’. Nessa hora, tiveram certeza que os réus foram as pessoas que mataram Zé Bento”, descreveu o juiz na decisão.
Vizinhos relataram terem visto Maria Águida na casa do idoso nos dias anteriores ao crime, o que levou a polícia até os autores. Os três foram presos cerca de um mês depois e continuam presos até o momento pelo latrocínio contra o homem.
Fonte: G1 PI
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