O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) suspendeu a comercialização de 150 mil garrafas de azeite de 24 marcas diferentes devido a irregularidades como adulteração, contrabando e fraude, de acordo com a pasta.
Os produtos foram considerados impróprios para consumo pelo ministério e retirados das prateleiras de supermercados em seis estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Goiás e Ceará.
Segundo o Mapa, a fraude mais comum na fabricação do azeite é a realização de mistura de óleo de soja com corantes e aromatizantes artificiais que simulam o produto original. Além disso, também são encontrados casos em que o azeite de oliva refinado é comercializado como azeite extra virgem, considerado mais puro graças à menor acidez.
Segundo a fiscalização, foram encontradas três fábricas clandestinas que envasavam mistura de óleos vegetais de procedência desconhecida. O registro de uma fábrica no interior de São Paulo que teria adulterado seus produtos durante 2021 também foi suspenso.
Outras irregularidades encontradas nos produtos, segundo as autoridades, foram ausência de registro oficial e contrabando de produtos.
De acordo com o Mapa, o azeite é o segundo alimento mais fraudado do mundo, atrás do pescado, e a operação de fiscalização foi motivada pelo aumento do consumo durante as festas de final de ano.
A pasta divulgou recomendação para que os consumidores não comprem os azeites das marcas cuja comercialização foi suspensa e alertou que supermercados que expuserem os produtos para venda podem ser multados em até R$ 532 mil.
Foram suspensas as marcas
– Alcazar
– Alentejano
– Anna
– Barcelona
– Barcelona Vitrais
– Castelo dos Mouros
– Coroa Real
– Da Oliva
– Del Toro
– Do Chefe
– Épico
– Fazenda Herdade
– Figueira da Foz
– Ilha da Madeira
– Monsanto
– Monte Ruivo
– Porto Galo
– Porto Real
– Quinta da Beira
– Quinta da Regaleira
– Torre Galiza
– Tradição
– Tradição Brasileira
– Valle Viejo
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento recomenda, na hora de comprar azeite:
– Desconfiar de preços muito abaixo da média do produto no mercado
– Conferir a lista de produtos irregulares já apreendidos, disponível no site do Ministério
-Atentar para a embalagem do azeite, que deve obrigatoriamente ser escura, para preservar as propriedades do óleo
– Dar preferência a produtos com data de envase mais recente
A reportagem entrou em contato com as empresas responsáveis pelas marcas de azeite Do Chefe, Barcelona, Barcelona Vitrais, Tradição e Tradição Brasileira, mas não obteve retorno.
Robson de Freitas, dono da marca Azeite Valle Viejo, afirmou que o produto apreendido é uma versão similar e falsificada do azeite da marca, e que tomará as medidas jurídicas cabíveis contra os órgãos públicos que divulgaram o nome das marcas sem a especificação do fabricante responsável. ?Os contatos das outras empresas não foram localizados.
Fonte: Folhapress
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