O WhatsApp recentemente derrubou um volume considerável de contas de usuários que recorrem ao chamado WhatsApp GB, versão modificada (MOD) e pirata do aplicativo de mensagens.
O WhatsApp GB viola os termos de uso do aplicativo original. “Não existe nenhuma outra versão do WhatsApp a não ser a oficial (WhatsApp Messenger ou WhatsApp Business). Os aplicativos não compatíveis são versões modificadas do WhatsApp. Eles foram desenvolvidos por terceiros e violam nossos Termos de Serviço. O WhatsApp não é compatível com esses aplicativos porque não podemos validar as medidas de segurança implementadas por eles.”, afirma o WhatsApp.
Em seu site, a empresa reforça que o uso de versões modificadas coloca em risco a privacidade e segurança do usuário. Para quem é pego usando o WhatsApp GB, a punição é ter a conta temporariamente banida. Caso insista na prática, a conta pode ser banida de forma permanente -ou seja, o número de telefone não pode mais ser vinculado a uma conta do WhatsApp.
O WhatsApp GB tem modificações como a possibilidade de visualizar mensagens apagadas, retirar o status de online, personalizar a interface, agendar o envio de mensagens, enviar arquivos de áudio e vídeo maiores ou mais opções de emojis. Modificações que parecem valer muito pouco diante do risco de deixar vulneráveis dados sensíveis, como a localização, tanto do usuário quanto de terceiros.
No Twitter, há uma conta que afirma ser “oficial” do WhatsApp GB. Diferente de contas oficiais, no entanto, esta não possui o selo de verificação, concedido pela rede social apenas após um processo de averiguação da identidade do dono da conta. A descrição, em inglês, diz: “Ainda podemos ver as suas mensagens e status deletados”. Temerário para qualquer pessoa minimamente preocupada com segurança digital.
A prática da modificação é muito popular no universo dos videogames, em que jogadores com domínio da programação desenvolvem arquivos que, uma vez instalados corretamente, transformam o jogo original. Nestes casos, os MODs podem servir para aprimorar gráficos e texturas de um jogo ou até acrescentar personagens e corrigir falhas (bugs) da versão original.
A Bethesda, por exemplo, produtora das famosas franquias de RPG Fallout e The Elder Scrolls, abraçou a prática de seus jogadores e incorporou ao seu site oficial uma página para download de MODs de seus jogos, desenvolvendo um manual de boas práticas para as modificações.
A recente leva de banimentos gerou reações nas redes sociais. Muitos comemoram e fizeram posts irônicos, por se sentirem mais seguros tanto em relação aos dados, quanto ao fato de que, uma vez banidos, os usuários do WhatsApp GB não podem mais ver mensagens deletadas.
Fonte: Folhapress (Naná Deluca)
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