Uma semana após a morte de Júlia Aparecida, de 13 anos, a mãe Patrícia Cunha contou que ela e o pai da menina ainda não conseguiram voltar a trabalhar. A adolescente e uma amiga foram atropeladas por um carro quando voltavam da igreja no bairro Morros, Zona Leste de Teresina. Ela contou que espera que o caso não fique impune.
Ainda não há detalhes sobre as circunstâncias do acidente. No dia da morte da menina, a perícia informou apenas que o condutor poderia estar em alta velocidade e que os pneus do carro, desgastados, podem ter dificultado a frenagem. Uma câmera de segurança registrou o momento (veja abaixo).https://5ac5beb187967b58f23bcf4cf096cc5e.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Procurada, a polícia informou ao g1 apenas que o caso segue em investigação: “A investigação está em andamento. A delegada [titular da delegacia de crimes de trânsito] responsável não concede entrevistas”.
Mãe passou mal ao ver a filha morta
Patrícia contou que a filha tinha o costume de ir para o culto de van no turno da noite, mas pela primeira vez deixou ela seguir o caminho a pé porque era pela manhã. Júlia estava acompanhada de quatro amigos da igreja quando tentava atravessar a Avenida Rossini Morada e foi atropelada por um carro .
“Eu estava no trabalho quando soube do atropelamento por uma amiga dela, que me ligou. Nesse dia, a Júlia acordou cedo, tomou banho, se maquiou e como de costume fez um vídeo no terraço de casa, depois saiu para a igreja. Eu tinha recentemente presenteado minha filha com um celular, com medo de assalto, ela deixou o aparelho em casa”, contou Patrícia Cunha.
Com o impacto do carro, Júlia Aparecida teve morte imediata. A mãe disse que ao chegar no local do acidente ainda encontrou com o motorista do carro, revoltada ela chegou a ir em sua direção, mas passou mal e foi socorrida por populares.
“A dor que eu estou sentindo de mãe. Eu me sinto arrasada e chateada, porque ele destruiu minha família, perdi minha única filha. Eu quero justiça, eu quero que esse homem pague pelo que ele fez. Não sei se ele foi solto, porque a polícia não fala nada. A única pessoa que está presa aqui é minha filha que não volta mais”, declarou.
Pais não conseguem mais trabalhar
Júlia era a única menina de quatro filhos de Patrícia, os demais têm 20, 16, e 2 anos. Desde a morte da adolescente, a mãe não conseguiu retornar ao trabalho de faxineira e o pai segue afastado da academia em que trabalha.
“Deixamos as coisas do mesmo jeito que ela deixou. A Júlia era uma boa filha, estudava o oitavo ano, cuidava do irmão mais novo quando eu precisava sair para trabalhar”, comentou a mãe.
Família diz que não foi procurada
A família de Júlia contou que não foi procurada pelo motorista e nem recebeu assistência por parte da empresa em que ele trabalha.
No dia do acidente, o condutor foi conduzido para a Central de Flagrantes. A investigação do caso encaminhado para a Delegacia de Repressão aos Crimes de Trânsito.
O g1 procurou a Delegacia Geral da Polícia Civil, que informou apenas que o caso está sob investigação.
Segundo o perito criminal Marcos Vilanova, da Polícia Civil, ainda não é possível dizer quais as causas do acidente, mas a suspeita é de que o condutor estava em alta velocidade e que os pneus do carro, desgastados, podem ter dificultado a frenagem.
Fonte: G1 PI
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