Uma empresa de venda de produtos hospitalares e medicamentos sediada em Teresina foi alvo de buscas da Polícia Federal nesta quarta-feira (27) por suspeita de participar de um esquema de superfaturamento de produtos para a prefeitura de Santa Inês, no Maranhão. O prefeito da cidade e dois secretários foram afastados dos cargos.
Foram afastados do cargo: o prefeito da cidade, Felipe dos Pneus, a secretária de saúde Maria Rita Bacelar, a secretária de administração Talihina Carvalho, o chefe do Setor de Licitação, o diretor de compras, a chefe de gabinete do prefeito e mais outros dois servidores municipais, que não tiveram nomes divulgados.
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Segundo a Polícia Federal, os suspeitos teriam fraudado a compra de produtos hospitalares usando a ata de registro de preços de outros municípios, e com isso conseguiram comprar os medicamentos e insumos com valores mais altos do que o real. Em um dos casos investigados, o sobrepreço chegou a 215%.
Os suspeitos teriam cometido a fraude usando uma prática comum em procedimentos conhecida como “carona”, em que um órgão utiliza a ata de preços de uma licitação de outro, em vez de fazer a própria licitação. Em referência a isso a operação policial foi batizada de “Free Ride”, expressão americana que significa carona.
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Cerca de 70 policiais fizeram buscas em endereços em Teresina, no Piauí, e em Santa Inês, Caxias e São Luís, no Maranhão. Cerca de R$ 8,5 milhões foram bloqueados nas contas dos investigados.
Os contratos investigados, que teriam sido firmados com a empresa de Teresina, somam mais de R$ 8,5 milhões em recursos federais destinados à compra de insumos para a rede publica de saúde. Assim, apesar dos altos valores gastos pelo município com esse tipo de produto, o hospital e a rede pública da cidade tiveram falta de materiais básicos, como seringas, soro fisiológico e remédios.
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Ainda segundo a PF, há indícios de havia cobrança de propina em grande parte das contratações feitas pela prefeitura de Santa Inês. Os alvos da operação são a empresa que teria participado das fraudes, uma distribuidora de medicamentos e insumos hospitalares.
O dono da empresa de Teresina, um sobrinho dele e um funcionário são os investigados. Eles teriam feito saques semanais de altas quantias em dinheiro, e facilitaram a montagem das licitações que envolviam a empresa.
Os pagamentos da Prefeitura de Santa Inês à empresa foram suspensos, e os empresários investigados tiveram os seus direitos de participar em licitações e de contratar com órgãos públicos suspensos.
Fonte: G1 PI
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