Levantamento do Cidadeverde.com contabilizou pelo menos 743 famílias que foram afetadas pela intensidade das chuvas e aumento do nível de rios e riachos nos últimos dois meses.
A lista inclui pessoas desabrigadas, desalojadas por conta de alagamentos e que estão em áreas de risco, mas continuam morando em suas residências mesmo diante dessa situação.
Considerando o cálculo da Defesa Civil, em que cada família conta com pelo menos três, a quatro pessoas, o número de prejudicados pode superar dois mil piauienses.
Entre as sete cidades que já decretaram estado de emergência e calamidade por conta das chuvas e cheias dos rios, Campo Largo é quem está em situação mais crítica. De acordo com com o prefeito Jairo Leitão, são pelo menos 300 famílias ilhadas em seis comunidades rurais do município.
“O volume do rio Parnaíba, que corta a cidade, aumentou e está deixando essas famílias ilhadas nas comunidades de São Francisco, São Bernardo, Carolina, Bom Jesus, Cavalos e Patos. A principal estrada que dá acesso a cidade está alagada. O Governo do Estado fez um outro acesso mas ele também está ameaçando romper”, informou o prefeito.
Veja situação:
Batalha – 72 famílias
Pedro II – 150 famílias isoladas
Luzilândia – 22 famílias ilhadas
Esperantina – 42 famílias
Campo Largo – 300 famílias isoladas
Domingos Mourão – 48 famílias
Piripiri –36 famílias
Picos – 16 famílias
Barras – 25 famílias ilhadas e 7 desabrigadas
Teresina – 25 famílias
Famílias afetadas com as chuvas – 743 (que corresponde a mais de 2.200 pessoas no estado)
Outra cidade com um grande número de famílias afetadas é Batalha. A Prefeitura da cidade, que chegou a suspender as aulas da rede municipal e eventos, havia contabilizado até esta segunda-feira (10) um total de 72 famílias nessas duas situações.
Em Barras, as autoridades informaram que sete famílias precisaram deixar suas casas e outras 25 seguem ilhadas devido ao aumento do nível do rio Marathaoan, que atualmente encontra-se na cota de inundação de acordo com o último boletim divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM).
“O nível do rio baixou um pouco, cerca de três centimetros, mas ainda temos muitas famílias ilhadas, que não querem sair das suas casas. Temos sete que foram para casa de parentes ou alugaram outro imovel e outras 25 que continuam ilhadas em localidades da zona rural, onde alguns riachos chegaram a transbordar”, informou Lúcio Carvalho, técnico da Defesa Civil do município.
Já em Piripiri, onde um riacho chegou a transbordar e interromper o trânsito sobre uma ponte na BR-222, a Defesa Civil informou que até uma família precisou sair de sua residência após desabamento e outras três permanecem habitando áreas de risco. “As chuvas diminuíram, mas estamos monitorando, porque a previsão é que as chuvas se intensifiquem”, informou o diretor Diógenes Cruz.
Apesar disso, a Coordenadorias de Defesa Civil dos Municípios (CONDECs) estima que em Piripiri o número de famílias afetadas é de 36, enquanto que em esperantina esse número chega a 49.
Também em situação de emergência devido às chuvas, a Prefeitura de Pedro II registrou 150 famílias na zona rural que foram afetadas pelas águas. Por conta do risco, o acesso a cachoeiras, rios, riachos e açudes do município foi proibido durante a semana santa para se evitar afogamentos.
Em Domingos Mourão, a assessoria de comunicação da Prefeitura comunicou que precisou fazer a remoção de apenas uma famílias, no último mês de março, mas que a mesma já retornou para o local após a normalização da situação. Já na conta da Defesa Civil, esse quantitativo é de 48 famílias.
Já em Luzilândia, onde o rio Parnaíba chegou a atingir a cota de atenção, 22 famílias seguem ilhadas na área urbana da cidade segundo a Defesa Civil Municipal, enquanto em Picos o CONDECs registra 16 famílias nessa situação.
Apesar de não ter decretado situação de anormalidade, Teresina também enfrenta problemas por conta das fortes chuvas e cheia dos rios. Segundo a Defesa Civil do Município, 25 famílias já foram retiradas de suas casas, 15 na comunidade do Taboca do Pau Ferrado e outras 10 da comunidade Santa Tereza, ambas na zona rural da capital piauiense.
Fonte: Breno Moreno e Yala Sena/ Cidade Verde
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