Nesta semana, a maior estatal do Brasil, a Petrobras, anunciou uma redução de 21,3% no preço médio de venda do gás liquefeito de petróleo (GLP). Dessa forma, a Petrobras espera vender o botijão de 13 quilos de GLP às distribuidoras por um valor, em média, R$ 8,97 inferior ao atual.
Ao portalODIA.com, o vice-presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás Liquefeito de Petróleo do Estado do Piauí (Sindirgás), Tiago Pereira, destacou que os efeitos médios da decisão só poderão ser sentidas pela população piauiense na prática a partir da próxima semana.
Na oportunidade, o gestor informou que o preço médio do conhecido “gás de cozinha” vendido no Piauí estava estimado entre R$ 115 e R$ 135, e com o novo acordado é esperado uma redução em média de R$ 6 para os consumidores. Entretanto, Pereira explica que o valor pode variar bastante entre as revendedoras à medida que cada uma adota um preço que não é estipulado em tabela comercial.
“O preço do gás ele varia muito. Essa redução que foi repassada aqui para Piauí foi de R$ 6, aproximadamente, e deve ser repassado algo em torno disso. Porém, pode ser um pouco mais ou um pouco menos, pois depende de cada empresa. Porque o preço do gás ele não é tabelado, então cada empresa pode adotar, de acordo com a estrutura de custos, um preço um pouco mais elevado e outras empresas um pouco mais baixo”, frisou.
O vice-presidente relatou ainda ao O Dia, outros fatores determinantes acerca da variação de preços sentida pelos consumidores piauienses.
“Cada revendedor compra um gás de uma companhia diferente. Eu já ouvi falar, mas não é informação oficial, que teve revenda que conseguiu um desconto maior do que outras […] . Cada distribuidora que tem um centro de distribuição aqui no Piauí tem um preço diferente. Por exemplo, tem distribuidora que tem centro de distribuição aqui e outras que não têm. Cada caso um caso, mas a média, que o que a gente tem que falar, é essa”, informou.
Repasse aos consumidores
Na entrevista, o Tiago Pereira explicou que o preço médio do GLP no Piauí deveria estar em um patamar muito mais elevado que o atual. Segundo ele, as revendedoras no Estado foram afetadas por mudanças em percentuais tarifários, mas que por decisões internas o repasse ao consumidor foi vetado.
“Teve muitos aumentos nesse primeiro semestre que não foram repassados ao consumidor. Por exemplo, teve aumento do ICMS aqui do estado que foi de R$ 3,25. Esse valor não foi repassado ao consumidor. Teve um outro aumento em março ou em fevereiro de R$ 2,60, também não foi repassado pro consumidor. Além de vários aumentos pequenos referente a pauta fiscal do estado. A justificativa do não repasse foi questão comercial. Às vezes o empresário prefere não repassar ao consumidor, ele vai fazendo a composição dele ali no dia a dia”, disse.
Tiago Pereira avaliou com cautela sobre uma possível redução do gás a menos de R$ 100. Ele pontuou como “difícil” a redução, mas que a possibilidade só poderá ser vista na prática futuramente.
“É muito difícil [baixar para menos de R$ 100]. A partir de segunda-feira e terça-feira, a gente vai estar acompanhando, e vocês também da imprensa, para até sentir melhor essa movimentação do preço. Porque vai ter empresário que vai repassar mais de R$ 6 e vai ter empresário que vai repassar menos. Cada um tem sua estrutura de preço diferente”, concluiu.
Fonte: Portal O Dia
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