Um adolescente de 16 anos foi apreendido e dois gêmeos de 18 anos foram presos, na manhã desta sexta-feira (15), suspeitos de envolvimento na execução de Marciel Medeiros da Silva, de 18 anos, dentro do Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) Maria do Carmo Reverdosa da Cruz, no bairro Dirceu I, Zona Sudeste de Teresina, em 22 de fevereiro.
Segundo o delegado Bruno Ursulino, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), o adolescente é suspeito de ter feito os disparos que mataram Marciel, enquanto os gêmeos teriam sido responsáveis por monitorar a vítima e informar o horário de saída dela da escola para o autor do crime.
A execução foi motivada por um conflito entre facções criminosas, já que a vítima pertencia a um grupo criminoso rival ao do atirador, o qual já tinha sido ameaçado de morte por Marciel.
“Já havia uma rivalidade entre eles. Existiam ameaças recíprocas, justamente por conta desse contexto de rivalidade de facções. Nisso, o executor resolveu se adiantar”, explicou o delegado.
O suposto executor foi apreendido no Parque Itararé, enquanto os irmãos foram presos no Dirceu I, ambos na Zona Sudeste da capital. Outro adolescente, que também monitorou o jovem assassinado na escola, ainda não foi encontrado pela polícia.
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Um quarto suspeito de participar da execução foi preso um dia após a morte de Marciel, em 23 de fevereiro. Heverton Vinícius de Sousa Araújo teria levado o autor do crime em uma moto até a escola, aguardado que ele cometesse o crime e dado fuga em seguida.
Na sede do DHPP, onde prestou depoimento, Heverton afirmou que o assassinato ocorreu porque a vítima seria membro de uma facção criminosa rival à dele e do adolescente autor dos disparos. O homem preso alegou ainda que Marciel teria atentado contra a vida deles anteriormente.
Tentativa dias antes e monitoramento da vítima
A vítima sofreu um atentado uma semana antes de ser assassinado, revelou o coordenador do DHPP, delegado Francisco Costa, o Barêtta. O responsável pela tentativa de homicídio também teria sido o adolescente apreendido suspeito de executar o estudante.
“O crime não tem nada a ver com o ambiente escolar. […] Ele foi morto dentro da escola porque foi a oportunidade. O adolescente [suspeito de ser o autor dos tiros] o mataria na escola ou nas imediações, porque já tinha tentado matá-lo antes, mas não deu certo”, disse o delegado.
Os dois gêmeos presos suspeitos de monitorar Marciel estudam na escola da vítima e informaram aos criminosos a identidade do colega e o horário em que ele sairia da aula.
A Polícia Civil teve acesso a mensagens trocadas entre os quatro, nas quais os estudantes indicam a hora em que a vítima deixaria o local, por qual portão sairia e que roupas estava usando. O atirador teria respondido com uma foto de si mesmo, segurando a arma de fogo usada no crime.
Execução no pátio da escola
Marciel Medeiros da Silva, de 18 anos, foi assassinado a tiros, em 22 de fevereiro, no pátio do Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) Maria do Carmo Reverdosa da Cruz, no bairro Dirceu I, Zona Sudeste de Teresina. Imagens de uma câmera de segurança registraram o momento da morte do rapaz (veja acima).
O rapaz era aluno da 5ª etapa do Ceja, e estava saindo da escola quando foi assassinado. No vídeo, é possível ver que um homem com capacete se aproxima da vítima ainda dentro da unidade e efetua os disparos.
A vítima foi atingida por três tiros e faleceu dentro do terreno, logo diante da porta principal da escola, ainda com a mochila nas costas.
Fonte: G1 PI
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