A Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) investiga mais um caso de Mpox no Piauí. A paciente deu entrada no Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella, hospital de referência no atendimento a doenças infecciosas. O Piauí já registrou 40 casos de Mpox desde o surgimento da doença em 2022.
A Sesapi não deu informações sobre o quadro de saúde da paciente e disse que o caso está sob suspeita. O Lacen (Laboratório Central do Piauí) examina material.
A Mpox é uma doença viral com transmissão entre humanos e ocorre principalmente por meio de contato com lesões de pele de pessoas infectadas. A infecção causa erupções que geralmente se desenvolvem pelo rosto e depois se espalham para outras partes do corpo.
Mês passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a Mpox como Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). O alerta foi feito para criar uma resposta internacional coordenada para lidar com a doença e não significa que necessariamente ocorrerá uma nova pandemia.
O país já superou a marca de mil casos de Mpox somente este ano. De acordo com informe semanal do Ministério da Saúde, de janeiro até a primeira semana de setembro, foram registrados 1.015 casos prováveis ou confirmados da doença.
O boletim informou que a cidade de São Paulo lidera a lista de municípios com maior número de ocorrências confirmadas e prováveis. Seguido pelo Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Brasília.
O perfil de casos confirmados e prováveis continua sendo composto principalmente por homens, com mais de 900 casos, na faixa de idade de 18 a 39 anos. Apenas um caso foi registrado em crianças de até quatro anos. Em gestantes, até agora, não foram contabilizados registros.
A preocupação neste momento é com a rápida propagação da nova variante da doença, a Cepa 1b, encontrada no continente africano e mais concentrada na República Democrática do Congo (RDC). Segundo o último relatório do Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças (Africa CDC), o país registrou mais de 14 mil casos da doença somente este ano e foram registradas 450 mortes devido à doença.
Quais os sintomas da Mpox
Erupções cutâneas ou lesões de pele, febre, ínguas, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza são alguns sintomas da doença. O número de lesões de pele pode ser variável e a área acometida pode ficar restrita àquelas do contato com as lesões fontes da transmissão. Elas podem ser levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, algumas vezes formando crostas, que secam e caem. As erupções podem ocorrer na face, boca, tronco, mãos, pés ou qualquer outra parte do corpo, incluindo as regiões genital e anal.
Os sinais e sintomas podem ser percebidos no período de 3 a 21 dias após o contato com o vírus. A transmissão da Mpox ocorre desde o surgimento dos primeiros sinais e sintomas até que todas as lesões na pele tenham cicatrizado completamente.
Como se prevenir
A prevenção é a melhor forma de se proteger da doença. Por isso, evite contato com pessoas com suspeita ou confirmação da doença. Se o contato é realmente necessário, como é o caso de cuidadores, profissionais da saúde, familiares próximos, utilize luvas, máscaras, avental e óculos de proteção.
Lave regularmente as mãos com água e sabão ou utilize álcool em gel, principalmente após o contato com a pessoa infectada, suas roupas, lençóis, toalhas e outros itens ou superfícies que possam ter entrado em contato com as erupções e lesões da pele ou secreções respiratórias (por exemplo, utensílios, pratos).
Outro cuidado necessário é lavar roupas pessoais e de cama, toalhas, lençóis, talheres e objetos pessoais da pessoa com água morna e detergente. Limpe e desinfete todas as superfícies contaminadas e descarte os resíduos contaminados, como curativos, de forma adequada.
Fonte: Yala Sena/ Cidade Verde
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